Após casos de febre amarela silvestre, 16 macacos são achados mortos

Após dois macacos morrerem por conta de febre amarela silvestre no início do mês, em Alagoinhas, localizada a 120 km de Salvador, 16 animais foram encontrados mortos no município, com sinais de violência e envenenamento, até esta sexta-feira (17), segundo a Secretaria Municipal de Saúde. A suspeita é de que moradores matem os animais com medo da doença.

Na Bahia, segundo a Secretaria Estadual de Saúde, até 1ª de março foram registrados 16 casos suspeitos de febre amarela silvestre. Sete deles foram descartados e nove ainda estão em investigação.

Em Alagoinhas, 100 mil doses da vacina contra a doença estão disponíveis para a população. Os moradores chegaram a fazer filas em praças da cidade, onde foram instalados postos de imunização.

O veterinário e gestor do zoológico de Salvador disse que o macaco tem um papel importante no alerta para a doença, por isso não há razão para as mortes. “É como se eles tivessem dando a vida para não avisar que a febre amarela está chegando, eles são importantíssimos e não os vilões”


A febre amarela tem duas formas de transmissão: a silvestre e a urbana. Na primeira, os mosquitos Haemagogus e Sabetes são hospedeiros. Eles picam animais contaminados e transmitem para outros animais, podendo infectar também humanos. Já a urbana, que está erradicada no Brasil desde 1942, é transmitida pelo Aedes Aegypti, que hospeda o vírus ao picar um animal infectado e pode contaminar humanos.

Mutirão
Quinze mil pessoas foram vacinadas no último final de semana em Alagoinhas. A informação é da Secretaria Municipal de Saúde de Alagoinhas, que também disse que, no total, desde o início de março, 35 mil pessoas já foram imunizadas na cidade.

A recomendação é que toda população urbana e da zona rural do município seja vacinada. O município tem cerca de 155 mil habitantes, de acordo com estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"Nós tínhamos uma previsão de três meses [para vacinar toda a população]. Era uma previsão até otimista. Só que diante da demanda que foi muito grande, nós conseguimos vacinar um quantitativo significativo. A previsão é de quem em cinco, seis semanas a gente possa atingir 95% da população imunizada", explicou Rodrigo Matos, secretário municipal de saúde.

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