Mãe e filha esquartejadas em Minas Gerais são sepultadas em Feira de Santana

Foram sepultados no início da tarde desta segunda-feira (12), no Cemitério São Jorge, em Feira de Santana, os restos mortais de Francirleide Assis Barbosa, que tinha 26 anos, e da filha Bruna Carla Assis, de 5 anos. Elas foram mortas com golpes de martelo e esquartejadas no município de Silvianópolis, interior de Minas Gerais.

O acusado do crime, o produtor rural Luiz Carlos Martins, 47 anos, foi preso no sábado (10), e confessou ter matado a esposa e a enteada. Alegou na delegacia que vivia uma relação conturbada com a companheira.

Inicialmente, Luiz Carlos chegou a negar o crime, mas após contradições e a polícia encontrar vestígios do massacre, confessou para o delegado. A casa estava cheia de sangue, com respingos nas paredes, portas e até no teto. Algumas manchas, segundo a polícia, foram retiradas com produtos de limpeza. No quarto da menina, mais sangue, com uma grande mancha no colchão. Ela foi morta depois da mãe, segundo a perícia.

"Segundo ele, a versão, ela era uma pessoa de temperamento difícil, que eles brigavam muito e que inclusive ela já chegou a ameaçar ele de morte algumas vezes", revelou o delegado Rodrigo Bartoli.

Francirleide era natural de Feira de Santana e trabalhava no Sul de Minas, até conhecer o produtor rural e ir morar com, em uma propriedade rural de Silvianópolis. Depois de um tempo, ela levou para morar com o casal a filha de outro relacionamento.

"Ele teve um desentendimento com a esposa, segundo a versão inicial dele, que ela o ameaçou com uma faca e em seguida ele conseguiu desarmá-la, pegou um martelo e deu marteladas na cabeça dela", disse a médica legista Tatiana Teles Koeler.

"A menina dela ouviu a confusão na cozinha e saiu e foi ver a mãe. Quando ela chegou, ele disse que 'no susto', foi o termo que ele usou, ele deu uma martelada na menina", disse a médica legista.

Frieza
Após cometer os crimes, Luiz Carlos agiu friamente e buscou dar sumiço nos corpos. De acordo com a polícia, ele levou os corpos para o porão da casa, onde foram esquartejados, com o uso de uma faca de cozinha e um arco de serra.

Segundo a polícia, os crimes aconteceram no dia 27 de outubro, mas só no dia 6 deste mês,as pernas que estavam em avançado estado de decomposição foram achadas por um lavrador, na beira da rodovia, no município vizinho de São João da Mata. As tatuagens nas pernas foram a chave para a polícia chegar ao assassino.

Luiz seguiu a estrada para abandonar as outras partes do corpo. O tronco da mulher e um dos braços foram enterrados na zona rural de Carvalhópolis. E ainda lá, em um rio, ele disse ter se desfeito das ferramentas usadas no crime e da cabeça da mulher e o outro braço, que não foram encontrados. O corpo da criança foi encontrado em uma fossa localizada em um sítio da família do acusado.

As partes recuperadas foram levadas para o IML de Pouso Alegre e depois encaminhadas para a família, que mora na rua Estrela Dalva, bairro Liberdade, em Feira de Santana.

Revolta
No cemitério São Jorge, o clima era de muita tristeza e revolta com a crueldade praticada pelo companheiro de Francirleide. Familiares chegaram a questionar como a jovem estava, em recente visita à Feira, quando veio buscar a filha para morar com ela no interior de Minas Gerais. “A menina não queria ir, mas ela disse que o filho tinha que ficar com a mãe”, declarou para os parentes.


F: Blog do Valente

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