Quase 500 atendimentos realizados pelo MP Comunidade em Amélia Rodrigues e Cachoeira

O pai da filha de Luana Oliveira está preso. Ele sempre teve vontade de registrar a sua filha que já tem quatro anos, mas não conseguia devido à sua situação carcerária. Na sexta-feira (30), a mãe da criança saiu da zona rural e foi até a Praça do Jardim Grande, no município de Cachoeira, para resolver esta situação. Ela procurou o MP Comunidade, projeto do Ministério Público estadual que percorre municípios baianos oferecendo os serviços da instituição, para providenciar a documentação necessária e registrar a criança. "Vamos diretamente ao presídio levar o documento de reconhecimento de paternidade para ele assinar. A partir daí, a mãe já poderá ir ao cartório registrar a criança", disse a coordenadora do Núcleo de Paternidade Responsável (Nupar), promotora de Justiça Joana Philigret. Só em Cachoeira foram realizados 268 atendimentos e utros 213 no município de Amélia Rodrigues, no dia anterior.

"Estou muito feliz e sei que o pai dela também vai ficar. Desde que ela nasceu, ele tenta fazer isso, mas a condição dele não permitia", disse Luana. Outro caso foi o do pescador Jailson Brasil Conceição, que sempre quis reconhecer Sofia como sua filha, mas a mãe Dejanira Lima negava a paternidade por medo de perder a criança. "Eu pensava que ele ia tomar minha filha de mim, por isso nunca procurei a Justiça, mas agora eu tomei coragem e já está tudo certo. Ele reconheceu a filha dele", disse ela. O pai reforçou que o principal desejo é coviver com Sofia e vê-la crescer. "Nunca conseguia, agora quero passar finais de semana junto e cuidar dela", afirmou Jailson, beneficiado pelo 'Projeto Paternidade Responsável'.

De acordo com promotor de Justiça Rodrigo Rubiale, "o município de Cachoeira tem uma demanda muito grande desses serviços, principalmente das pessoas da zona rural.Trazer o projeto MP Comunidade para o município foi uma forma de atender os interesses da população". Os serviços oferecidos são abertura de registros de nascimento; exames de DNA; reconhecimento de paternidade; regulamentação de guarda; acordo de alimentos, entre tantos utros. A ação contou também com a participação dos promotores de Justiça Adilson de Oliveira, coordenador do 'Projeto Sou Gente de Verdade', e Marcel Bittencourt, da Promotoria de Amélia Rodrigues, além da servidora Taiane de Brito e servidores do Nupar

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