Correios anunciam reajuste no frete, e comprar online vai ficar mais caro

Os Correios anunciaram nesta terça-feira que vão aplicar um reajuste médio de 8% nas tarifas do frete de encomendas para os objetos postados entre capitais e nos âmbitos local e estadual já a partir do dia 6 de março. A empresa não divulgou uma tabela de preços praticados no balcão através do Sedex e outros serviços, e também não informou os percentuais de reajuste para outras localidades do país. Os Correios afirmaram ainda que se trata de uma revisão anual de preços e que a definição dos valores cobrados “é baseada no aumento dos custos relacionados à prestação dos serviços, que considera gastos com transporte, pagamento de pessoal, aluguéis de imóveis, combustível, contratação de recursos para segurança, entre outros”.

Impacto para venda online
De acordo com o especialistas, os novos valores de frete vão atingir as transações realizadas no varejo online em todo país, incluindo pequenos e médios empreendedores. Para órgãos de defesa do consumidor, essa conta será repassada ao comprador de produtos eletrônicos.

— Esse movimento dos Correios é muito sério e, em alguma medida, o aumento será repassado ao consumidor final que faz compras pela internet. O que lamento é não haver mais competição no mercado de entregas. O que podemos dizer é que deve fortalecer o comércio local e a regionalização — avalia André Miceli, coordenador do MBA em Marketing Digital da Fundação Getulio Vargas (FGV).

Lojistas fazem campanha contra reajuste
O anúncio do aumento levou lojas virtuais a iniciarem uma campanha na tentativa de mobilizar seus clientes contra o reajuste. O Mercado Livre, por exemplo, diz que o ajuste impacta diretamente os pequenos e médios empreendedores, ressaltando que só na plataforma mais de 110 mil famílias têm as vendas no marketplace como fonte de renda. O site comparou o custo do frete no Brasil com outros países onde também opera e diz que o serviço brasileiro seria 42% mais caro do que o da Argentina, 160% mais caro do que o México e 282% mais caro do que o da Colômbia.

F: G1

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