SANTO AMARO: Vereadores pedem CPI contra prefeito por corrupção

Um grupo formado por cinco vereadores de Santo Amaro, no Recôncavo baiano, protocolou na última segunda-feira (08/julho), um requerimento para que seja constituída pela Câmara Municipal, uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar supostas irregularidades no pagamento de notas fiscais emitidas pela empresa Duo Decor e Eventos. Os beneficiários seriam o prefeito do município, Flaviano Bomfim (PP), o secretário de finanças, Valdemiro da Paixão Rocha Neto e Marília Rocha das Neves, secretária de ação social. 

O requerimento diz que Valdemiro e Marília seriam amigos da proprietária da empresa e que “através das informações levantadas percebe-se que existem indícios que a empresa Carla Mendes Romano – ME funcionava como uma espécie de laranja, sendo os agentes políticos beneficiários”. O desvio de recursos públicos pode ter superado R$ 300 mil em pagamentos de notas fiscais frias. 

De acordo com o documento, “várias notas fiscais emitidas pela empresa Carla Mendes Romano – ME, vencedora do pregão presencial número 087/2017, e pagas pelo município não comprovam a ocorrência dos serviços através de relatórios ou outros documentos afins”. Três pagamentos são citados no texto, o de um evento realizado no CRAS do bairro Trapiche de Baixo, no valor de R$ 4.555,00; uma nota faturada para cobrir o serviço de buffet dos festejos juninos no bairro de Caixa D'água nos anos de 2017 e 2018; e o pagamento, em fevereiro de 2018, de R$ 51.799,00 relativos ao buffet dos três dias da Festa de Nossa Senhora da Purificação.

Jeronildo Sanches (PT), um dos vereadores que assinam o requerimento, disse ao Bahia Notícias que "há suspeitas de que a dona da empresa seria sócia de Valdomiro e que a licitação foi direcionada para beneficiar a empresa de Carla Romano".

Procurada, a dona da empresa, Carla Romano disse desconhecer de qual contrato está sendo acusada pelos edis. Segundo ela, "os vereadores vão ter que provar o que estão falando. Na hora de comer todos sabem me ver, depois eu sou acusada de ser laranja. Isso o que estão fazendo se trata de politicagem, querem se promover para ganhar eleição".

Em fevereiro, o contrato com a Duo Decor e Eventos foi rescindido após denúncias. Um mês depois, em maio, Flaviano Bomfim foi intimado pelo Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia (TCM) a prestar esclarecimentos relativos aos pagamentos feitos no exercício de 2017 para este mesmo contrato e sobre uma denúncia de prática de nepotismo com a nomeação de uma outra envolvida no pedido de CPI, Marília Rocha das Neves.

F: Bahia Notícias

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