SANTO ANTÔNIO DE JESUS: Mulher tem parto forçado e criança acaba morrendo no Hospital e Maternidade Luís Argollo
Uma gravidez tranquila e muito desejada, assim foram as 41 semanas de gestação de Luciane Ferreira dos Santos, residente na localidade rural do Espinheiro em Santo Antônio de Jesus. Todos os exames e ultrassons mostravam que a bebê estava em ótimo estado de saúde e que seu coração batia normalmente, porém estava um pouco acima do peso, então apenas seria necessário realizar um cesariana, porém por falta de médico especialista anestesista no Hospital Maternidade Luís Argollo, Luciene passou por um trabalho de parto que durou mais de 10 horas o que resultou em um parto normal e consequentemente, a morte da criança. Em entrevista a Andaiá FM de Santo Antônio de Jesus, ela relatou momentos de aflição passados enquanto esteve internada na ala de obstetrícia da Unidade Hospitalar. Segundo informou, ao chegar na maternidade, disse ao médico plantonista toda a situação e foi informada de que não havia médico especialista em anestesia, “pedi para que chamassem alguém de minha família e informasse a situação. Esse pedido foi negado”, afirmou. A denunciante destacou que havia uma ordem médica para que seu parto fosse uma cesariana por conta do risco apontado em alguns exames, “meu bebê tinha mais de 5kg e eu avisei do risco aos médicos, mesmo assim fui obrigada a ter um parto normal”, falou. A criança faleceu minutos depois do procedimento e em seu atestado de óbito, a causa da morte foi registrada como parto demorado. Muito abalada com o falecimento do filho, Luciane relatou que tem passado por muita dor já que por conta do parto forçado, o corte no períneo foi maior que o esperado em um parto normal comum. Consciente de que a saúde pública do município está em decadência, ela, mesmo passando por muita dor, não só física como emocional, decidiu relatar todo seu sofrimento para que esta situação não se repita, “é muito triste passar por uma gravidez, esperar a chegada de seu filho e ele morrer por negligência, por falta de amor pelo próximo. Não gostaria que isso se repetisse com outras mães. Minha dor é muito grande porque tiraram minha alegria, da forma mais cruel”, completou, emocionada.
F: Voz da Bahia
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