Casos de estelionato contra idosos aumenta 31% na capital

O número de casos de estelionato contra pessoas acima de 60 anos registrados na Delegacia Especial de Atendimento Ao Idoso (Deati), nos Barris, aumentou cerca de 31% no ano passado, em relação a 2014. Em 2015, foram 173 ocorrências, contra 132 no ano anterior. O estelionato é o terceiro tipo de crime mais comum contra idosos, dentre os casos registrados na Deati, atrás da ameaça e desrespeito ao Estatuto do Idoso. A delegada titular, Laura Argôllo, diz que a maioria das vítimas é do sexo feminino, de todas as classes sociais, entre 60 e 90 anos. A delegada não acredita que apenas a medida de dobrar a pena para os autores irá inibir este tipo de crime. "Um agravamento de pena por si só não é suficiente. Isso tem que estar alinhado a outras medidas, como um grande investimento em educação. Mas pode amenizar aquele sentimento de injustiça, de impunidade", diz ela. Segundo o artigo 171 do Código Penal, o estelionato ocorre quando alguém obtém vantagem ilícita, para si ou para outra pessoa, em prejuízo alheio, ao induzir alguém ao erro, por meio de fraude ou outros artifícios.Casos - A maioria dos casos de estelionato contra idosos ocorre por meio de ligações telefônicas, em estabelecimentos comerciais e bancos, geralmente em horário comercial, conforme a delegada [confira ao lado orientações de prevenção]. Além do estelionato cometido por desconhecidos, há casos dentro das próprias famílias. Foi o que ocorreu com o aposentado Péricles de Souza, 63. O pai dele, de 91 anos de idade, foi vítima de estelionato atribuído à própria filha. "Minha irmã pediu para ele assinar uma papelada e ele assinou, sem saber que estava passando um apartamento para ela", contou Péricles, que prestou queixa na última semana.

F: A Tarde

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