Os trabalhadores da Cesta do Povo de Santo Antônio de Jesus enfrentam um verdadeiro dilema e solicitam esclarecimentos. Acontece que o leilão para a venda da Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), que controla a rede de supermercados Cesta do Povo, está marcado para o dia 27 de janeiro de 2016, a partir das 10h, na Bolsa de Valores de São Paulo. De acordo com o edital, o comprador da Ebal fica obrigado a manter o funcionamento e a operação das lojas da Cesta do Povo pelo prazo de cinco anos. Além disso, deve manter pelo menos 50% dos atuais postos de trabalho pelo mesmo prazo. O que causa preocupação aos servidores da empresa da cidade santoantoniense é a questão envolvendo a denúncia de que pode haver o fechamento da unidade. A gerente do supermercado local, Dilma Andrade disse que não obteve informações acerca da possibilidade de fechamento, apenas tem conhecimento da privatização que acontecerá. “Mas temos uma dúvida, pois, comenta-se que as lojas que não tiveram contrato renovado poderão fechar as portas e no estabelecimento daqui não houve a renovação do documento, ou seja, provavelmente o mercado poderá ser fechado. Também não sei se os funcionários serão relocados e para onde vão, porque segundo informações eles irão continuar na empresa privada, a Ebal, contudo, devido essa falta da renovação contratual por parte do proprietário do prédio que não quis fazer isso, a empresa poderá ser fechada. O dono do imóvel disse que a empresa vai ser vendida e ele quer renovar com o novo empreendimento que virá, então não sei no que resultará essa situação”, explicou a uma rádio local nesta sexta-feira (15). Um dos funcionários de prenome Noberto, trabalhador da Cesta do Povo por 25 anos está preocupado, pois, até o momento ninguém informou para onde ele e os outros irão, de modo que estão todos ‘a ver navios’. “Somos concursados, a aprovação saiu no Diário Oficial e eles dizem que não tem como nos relocar para outro órgão do Estado e se por acaso a Cesta do Povo for vendida, iremos para a nova empresa, a qual ainda não entrou em contato conosco. Essa privatização nos deixa muito apreensivos e preocupados, não sabemos o que acontecerá”, relatou. Everaldo, servidor da rede de supermercados há 16 anos disse estar à deriva, há relatos de fechamentos das lojas do interior, demissão de funcionários e até agora o novo empreendimento nada esclareceu. “Queremos uma resposta, pois, o depósito está esvaziando, também os produtos estão acabando e estamos aguardando, sem saber o que fazer. Do jeito que está a situação do Brasil, se forem demitidos agora mais de 2.700 funcionários vai ser difícil”, frisou. Segundo Rita, 52 anos e trabalhadora há mais de 25 anos disse que a categoria está sendo feita de ‘papel higiênico’ onde o governo usou, embolou e agora quer jogar fora sem dará satisfação alguma. “Onde vamos arrumar trabalho agora? São mais de 2.700 funcionários, será que o governador Rui Costa tem consciência dessa realidade ao deitar a cabeça no travesseiro para dormir? Não sabe que nós fizemos uma grande campanha para seu governo? Ele esqueceu de todos os que com ele lutaram? Acho que o governador Rui Costa não pensou direito ao fazer isso com a Cesta do Povo. Até agora não chegou aos nossos ouvidos sobre o que irão fazer conosco. E se após cinco anos, a nova empresa não nos quiser mais, nos joga fora? Isto é, e se ficarmos. O gestor estadual deve uma explicação a nós, funcionários da Cesta do Povo, aprovados mediante concurso público”, declarou.
F: Voz da Bahia
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