Quatro pessoas estão foragidas; empresas atuam em 45 municípios; entre elas Muritiba

Dois dos mandados de prisão a cumprir na terceira etapa da Operação Adsumus, deflagrada pelo Ministério Público do Estado (MP-BA) na manhã desta terça-feira (11), ainda não foram cumpridos e os alvos estão foragidos. Foram realizadas duas prisões em Salvador, uma em prédio residencial no Piatã, com alvo ligado ao núcleo político de Santo Amaro, onde começou a investigação; e um empresário em uma casa Stella Maris. Foram cumpridos, porém, outros dois mandados de condução coercitiva (um no bairro de Dom Avelar e outro em Brotas) e oito de busca e apreensão nas cidades de Feira de Santana, Camaçari, Ipirá, Muritiba, Lauro de Freitas e Santo Amaro. Há ainda dois mandados de condução coercitiva. Segundo informações do promotor de Justiça João Paulo Schoucair, as equipes foram aos endereços das empresas envolvidas, mas os locais estavam vazios: as companhias não funcionavam no local. A investigação apura um esquema de lavagem de dinheiro e fraudes em licitações que afetam, de acordo com o promotor, 45 municípios, envolvendo recursos na ordem de R$ 370 milhões. Ainda de acordo com o promotor, as empresas são de fachada, “existem para aparentar regularidade nos processos licitatórios”, mas os verdadeiros donos ainda estão “blindados”. “As empresas têm troca constante de sócios, mas as pessoas do quadro societário têm pouco ou quase nenhuma gestão frente às empresas”, explica Schoucair. De acordo com o promotor de Justiça Aroldo Pereira, os sócios reais das companhias envolvidas geralmente têm proximidade com funcionário público.

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