Supostas vozes ocultas podem ter induzido jovem a fazer de refém a própria mãe de 81 anos

Durante a manhã desta quinta-feira (24), um rapaz com certo distúrbio mental Fernando de Souza Santos, 42 anos manteve sua mãe, dona Isaura Santos de 81 anos como refém, na Rua Wellington Figueiredo no bairro São Benedito em Santo Antônio de Jesus. Por volta das 12h45, o BOPE (Batalhão de Operações Especiais) invadiu o local e conseguiu conter Fernando após seis horas de negociação. O comandante do 14º Batalhão da Polícia Militar Tenente Coronel Adalberto Píton comentou sobre o fato e o trabalho para chegar a esse desfecho ao repórter Reginaldo Silva. De acordo com o tenente, foram seis horas de negociação e o protocolo recomenda em primeiro plano a preservação de vidas, o que de fato foi feito, “tivemos que solicitar o apoio da tropa especializada do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) com seu grupo de negociação e tudo o que estava dentro do protocolo foi feito. Foi necessário fazer uma invasão tática para preservar a vida da refém e neutralizar o perpetrador, que foi atingido com munição de elastômero (bala de borracha) e conduzido ao hospital para ser medicado, e a vítima saiu com pequenas lesões”, descreveu. Após o ‘final feliz’ os procedimentos necessários serão feitos na delegacia.

Conforme o Coronel este quadro foi bastante delicado porque envolveu uma pessoa idosa que dependia de medicamentos e estava há muito tempo sem beber água, e o filho é uma pessoa transtornada mentalmente, esquizofrênico, comportamento violento, sobretudo com dois instrumentos nas mãos com o qual poderia golpear fatalmente a vítima. Por recomendação, foi utilizado a munição não letal, mas devido ao comportamento violento do homem foi necessário efetuar disparos para neutralizá-lo e agora será aguardado as apurações. O momento mais delicado nas negociações foi voltar à estaca zero que segundo Píton era quando o agressor desistia das negociações. “Avançamos com ele em três situações onde ele concordou me obedecer em alguns pedidos e depois ele, de uma hora para outra, zerava totalmente e eu tinha que recomeçar. Muitas vezes ele não queria diálogo e era muito agressivo, mas conseguimos, pelo menos, esticar a ocorrência, cansá-lo e usar todo o tempo necessário para evitar esse desfecho, que é a invasão tática, quando o refém está em perigo de vida”, comentou. As informações que a polícia obteve durante o fato é que o Fernando estava há vários dias sem dormir e ouvia muitas vozes, um quadro de certa gravidade que preocupou bastante. Vale lembrar que no mês de junho deste ano, Fernando havia sumido de casa e encontrado pela família.


F: Voz da Bahia

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