Acelen prepara investimento em na produção de combustíveis renováveis no Recôncavo

A Acelen, empresa responsável pela gestão da Refinaria de Mataripe, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), está preparando um grande investimento na produção de combustíveis renováveis no Brasil. Hoje referência no refino de petróleo para a produção de gasolina, gás de cozinha e diesel, o grupo de origem árabe deseja entrar de vez no mercado da transição energética, apostando na elaboração de produtos com base em biomassa.

A ideia da empresa é investir na produção de macaúba, um fruto semelhante ao dendê e originado em palmeiras brasileiras. A partir dele, a Acelen produziria biodiesel e combustível de aviação renovável, alimentando o mercado brasileiro com uma alternativa energética de menor pegada de carbono e, dependendo da produtividade, possivelmente mais barata. Para chegar a isso, o grupo deve investir aproximadamente 3 bilhões de dólares (R$ 17,4 bilhões).

“A Acelen é uma empresa que foi criada com o propósito de ser relevante na transição energética. Então, além da Refinaria, nós temos um investimento de 3 bilhões de dólares, aproximadamente, que visa produzir combustíveis renováveis: combustível de aviação renovável e o diesel renovável, em larga escala, com plantação de uma variedade brasileira em 180 mil hectares, gerando riqueza econômica e um produto ambientalmente correto”, o pelo vice-presidente de Comunicação ESG e Relações Institucionais da Acelen, Marcelo Lyra.

“Faz parte do DNA da Acelen fazer um investimento significativo na transição energética, na construção de um portfólio com produtos renováveis”, acrescentou o diretor da empresa.

Os 180 mil hectares em que serão plantadas as palmeiras de macaúba se espalharão entre a Bahia e o norte de Minas Gerais, nas proximidades de Montes Claros. É nessa cidade mineira inclusive que a Acelen está instalando um centro de tecnologia, nomeado Agripark, com um investimento de R$ 300 milhões, visando o melhoramento genético do fruto, mas também a produção de 10 milhões de mudas por ano em um viveiro.

A empresa garante ainda que boa parte dessa produção será realizada através da agricultura familiar, com apoio da Acelen, assegurando desenvolvimento socioeconômico no campo da Bahia e de Minas.


Informações de A Tarde

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