Em entrevista a Record Bahia o promotor declarou que a defesa do acusado informou que Iuri agiu em legítima defesa contra William. “Os jurados entenderam deste jeito, trouxemos quatro testemunhas oculares, no sentido de que o Iuri executou o William, a defesa não trouxe nenhuma testemunha para comprovar que ele agiu em legitima defesa, nem a própria esposa do Iuri relatou que ele teria agido em legítima defesa”, apontou.
No entanto, o promotor destaca que Iuri mudou o seu relato diversas vezes. “O Iuri mudou de versão três vezes, cada hora ele mudava a versão. Uma hora ele disse que ele entrou em lesões corporais com o William[...] Mas, aí ele muda de tese de novo, dizendo que pegou a arma na mão de William. William, um indivíduo forte, alto, musculoso… mas é isso que acontece no júri. A população resolveu por bem absolver o Iuri, então nós vamos recorrer, certamente teremos um novo julgamento porque a decisão tomada pelo corpo de jurados foi completamente contrária a prova dos autos”, declarou.
O promotor acrescentou que não há provas nos autos que confirmem que houve mesmo uma tentativa de ação por legítima defesa. “Não há prova nenhuma nos autos que ele agiu em legítima defesa. Se o corpo de jurados escolher por condenar, cabe apenas ao juiz-presidente fixar a dosimetria da pena”, ressaltou.
“Os familiares estão revoltados, matar no Brasil sai muito barato. Ele ficou apenas um ano e pouco preso, depois livrou-se solto por habeas corpus, e está aí. Temos aí mais uma impunidade, mas, com certeza vamos recorrer e o Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA) vai anular esse julgamento para que seja refeito, porque a decisão dos jurados foi completamente contrária as provas dos autos”, lamentou.
Informações de BNews
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