Após cassação de Marcell Moraes, Tiago Correia toma posse na Assembleia

O tucano Tiago Correia tomará posse nesta quarta-feira, 25, como deputado estadual, no lugar do correligionário Marcell Moraes, cujo mandato foi cassado no final de outubro pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Correia já ocupava uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), porém como primeiro suplente da coligação, no lugar de Leo Prates (PDT), que se licenciou do mandato de deputado estadual para assumir a Secretaria Municipal de Saúde.

Além de dar posse a Correia como deputado, a Assembleia também empossará nesta quarta, como primeiro suplente, o radialista feirense Carlos Geilson (Podemos), que disputou a prefeitura de Feira de Santana este ano.

Por unanimidade, o TSE cassou Moraes e o tornou inelegível por oito anos, por abuso de poder econômico. Ele foi o terceiro deputado estadual baiano cassado pela Corte em menos de um ano. Antes, o tribunal já havia posto fim aos mandatos de Pastor Tom (PSL) e Targino Machado (DEM).

O tucano foi alvo de uma denúncia do Conselho Regional Veterinário da Bahia (CRV-BA), por participar de mutirões de vacinação e castração promovidos pela a ONG GEAMO (Grupo Ecológico Amigos da Onça) em diversas cidades do estado, de junho a agosto de 2018, sem seguir regras sanitárias e com distribuição de publicidade ligada ao seu mandato.

Anteriormente, o Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) havia decidido a favor do tucano, mas a decisão foi derrubada pelo TSE, que acatou a denúncia do Ministério Público Eleitoral (MPE).

A Empreitada eleitoreira teve etapas que aconteceram em Salvador, Alagoinhas, Barreiras, Cruz das Almas, Itabuna, Paulo Afonso, Valença, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Itaberaba, Jacobina, São Francisco do Conde. O grande estado da Bahia teve seu mapa esquadrinhado por campanhas de vacinação e esterilização de cães, pelo deputado estadual que fazia em área pública, aberta, com enorme divulgação, dando acesso por módico preço de 53 reais aos procedimentos que são comprados ao preço de R$ 800 a R$ 1000”, apontou o vice-procurador-geral da República Humberto Jacques de Medeiros, representante do Ministério Público Eleitoral.

Ao comentar a cassação, Moraes disse que foi derrotado em um processo movido por "gananciosos veterinários" e afirmou que "estava deputado, mas sou mesmo protetor de bicho".

Nenhum comentário:

Postar um comentário