Sexo grupal atraiu aluno da UFBA para emboscada no Campo Grande, diz acusado
Ricardo Hohlennerger dos Santos, 25
anos, acusado de participar do assassinato do estudante de Produção
Cultural da Ufba, Itamar Ferreira Souza, 25 anos, foi apresentado na tarde de
ontem pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Ricardo foi preso em flagrante na madrugada de ontem no Largo dos
Aflitos. Um adolescente de 17 anos também
foi apreendido na Estação da Lapa. Até a noite de ontem, uma mulher de
prenome Scarlet e um homem conhecido como Índio, também acusados,
continuavam foragidos. Segundo a delegada Simone Moutinho, titular da 3ª
Delegacia de Homicídios (BTS), antes do crime, o estudante e um amigo, o
eletricista Edmilson Santos de Oliveira, 42, estavam bebendo em um bar
no Beco dos Artistas. “Ao receberem
a voz de assalto, os dois reagiram e levaram socos e pontapés até
desmaiar”, detalhou o diretor do DHPP, delegado Jorge Figueiredo. Ainda
segundo a polícia, acreditando que Itamar e Edmilson já estavam mortos, o
grupo decidiu jogar os corpos na fonte. “Edmilson permaneceu
desacordado com a cabeça para fora da água e sobreviveu”, explicou a
delegada. Itamar, por sua vez,
teria recobrado a consciência e foi atingido por um paralelepípedo na
cabeça. “Segundo Ricardo, o menor quem atirou a pedra, que provavelmente
foi o golpe fatal”, completou Simone. A polícia descarta a hipótese de
crime homofóbico. Os quatro roubaram dois celulares, um relógio e R$
1,80 das vítimas. O grupo vai
responder por latrocínio, cuja pena é de até 30 anos de prisão. O menor
ficará detido no máximo por 3 anos. Ricardo já tinha passagens pela
polícia por roubo e destruição do patrimônio público. “Eu estou
arrependido, mas não matei ninguém. Eu só queria o relógio”, disse o
acusado. Além de Scarlet e Índio, a polícia procura por Edmilson para
ouvir a versão dele. “Ele ainda não apareceu em casa desde o ocorrido”,
contou o delegado, alegando que o eletricista é casado e tem filhos.
(Correio)