
“Estamos aqui cobertas de emoção. Esse é um momento histórico que a Bahia está vivendo, que o Brasil está vivendo, e a cidade de Santo Amaro também vive. Nós aqui estamos celebrando o momento histórico e de reparação. Pela primeira vez uma celebração de matriz africana entra no livro de registro e celebrações no Brasil. Então, pra nós, para a Bahia, é motivo de muita alegria esse reconhecimento do Bembé do Mercado”, comentou a secretária de Cultura da Bahia, Arany Santana, que representou o governador Rui Costa no evento.
Também presente em Brasília, a secretária de Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis, salientou a importância do registro, dentro do âmbito da sua pasta, destacando a “capacidade do Bembé do Mercado dialogar interreligiosamente”. Segundo ela, esta tradicional manifestação cultural baiana tem a capacidade de transmitir uma “mensagem de respeito à diversidade, à nossa cultura, e à manifestação, ao direito constitucional de crença”, que está alinhada com as políticas públicas do governo da Bahia, no combate à intolerância religiosa. “Então hoje aqui é enaltecer esses aspectos dessa convivência e desse debate, do respeito interreligioso do Bembé e o próprio reconhecimento da luta da história do povo negro, que resignifica cada vez mais essa resistência por igualdade”, concluiu a titular da Sepromi.
Tombado como Patrimônio Imaterial da Bahia pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), desde 2012, o Bembé do Mercado é realizado há mais de 130 anos em Santo Amaro, no Recôncavo baiano, para celebrar a abolição da escravatura. Considerado o maior candomblé de rua do mundo, esta festa tradicional acontece no dia 13 de maio, reunindo mais de 40 terreiros. Além das celebrações religiosas, o Bembé inclui ainda manifestações culturais como samba de roda e capoeira.
F: Bahia Notícias
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