Wesley foi morto por motorista do transporte clandestino por ter batido com força a porta do veículo

O jovem Wesley Nogueira dos Santos, que foi morto a facadas por um motorista de transporte clandestino em Lauro de Freitas, na Região Metropolitana de Salvador, estava com a mãe, antes de ser assassinado, na tarde de sábado (2). Até esta terça-feira (5), o suspeito não havia sido preso.

A motivação do crime foi por Wesley ter batido com força a porta do veículo aí término da sua viagem.

A mãe da vítima, Suelen Nogueira, disse que tem esperança de que o homem se entregue à polícia, para responder pelo crime. Ela relatou os últimos momentos de Wesley ao lado dela.

Passou a manhã todinha comigo, de 8h30 até 14h30. Até a hora que eu botei ele nesse ‘ligeirinho’, e ele [suspeito] fez isso com meu filho. Eu não vi o rosto dele, porque meu filho estava brincando demais comigo. Quando ele [filho] entrou no carro, falou: ‘minha velha, eu te amo’. Eu disse: ‘eu também te amo, meu filho. Quando você chegar em casa, me liga’. Aí foi passando o horário e ele não me ligou. Eu comecei a ligar para o celular da minha nora, que estava com ele, e ninguém respondia".

Sem contato com o filho, Suelen então resolveu ligar para a nora, para saber se Wesley já tinha chegado em casa.

"Eu liguei para o celular da irmã dela e perguntei se ele tinha chegado. Ela me perguntou o que aconteceu e eu disse: ‘ele já deveria estar aí, da hora que eu coloquei ele nesse ligeirinho’. Quando eu vim saber que meu filho estava morto, já era 16h30. Meus vizinhos não estavam com coragem de me falar, porque sabem como eu cuido dos meus filhos, como eu amo meus filhos. Eu só quero que ele se entregue”.

O corpo de Wesley foi sepultado no Cemitério de Portão, no domingo (3). A vítima deixa a esposa e uma filha de 3 anos.

Minhas forças estão vindo da minha neta. Minha neta que está me dando forças, porque ela está sofrendo muito. Ela só dormia com o pai. Quando o pai estava na rua, ela ia buscar o pai e ele descia para casa”, acrescentou Suelen.

O advogado da família, Otto Lopes, informou que a família não teve acesso às imagens gravadas por câmeras de segurança, mas que a polícia poderá solicitar esse material.

É um caso que causa repugnância, cometido através de um meio totalmente abjeto, desproporcional, por motivo fútil e torpe. Nada justifica uma discussão prosseguir a uma morte, ainda mais tendo parado, cessado a discussão, ele se armar por trás da vítima. A vítima era um pai de família, trabalhador, com uma criança de 3 anos, sem histórico nenhum de envolvimento com o crime. Outro fato importante é que a família tenta essas câmeras de filmagem, não consegue. A polícia tem competência para conseguir essas imagens, através de ordem judicial, inclusive”.

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