Desde a criação da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB), em 2005, até abril de 2015, o professor Paulo Gabriel Nacif ocupou o cargo de reitor. No meio do mandato, renunciou para assumir a Secretaria de Alfabetização, Educação Continuada, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC). A pasta foi encerrada pelo governo Bolsonaro quando eleito. Nesta segunda-feira (14), Nacif voltou a ter visibilidade nacional quando o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, anunciou a lista dos participantes da transição de governo.
Entre os 14 nomes da equipe de Educação, está o de Paulo Gabriel, formado engenheiro agrônomo pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), e doutor pela Universidade Federal de Viçosa.
Foi também professor da Universidade Estadual de Santa Cruz, onde atuou como Gerente de Pesquisa e Pós-Graduação, e da Ufba, chegando a diretor da Escola de Agronomia. Desde 2020, ele é presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia.
Embora a primeira reunião oficial da equipe ainda vá acontecer na próxima quarta-feira (16), Nacif adiantou ao CORREIO alguns dos pontos já levantados em um encontro extraoficial, e demandas que serão tratadas com urgência no novo Ministério da Educação do governo do presidente eleito Lula.
Como o senhor pretende contribuir para o governo de transição, considerando a experiência prévia como ex-reitor da UFRB e presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia?
Acho que a minha contribuição pode acontecer em três áreas. Fui o último secretário nacional da pasta de Alfabetização, Educação Continuada, Diversidade e Inclusão (Secadi), que foi uma secretaria que o atual presidente fez questão de comemorar no dia em que foi encerrada. Nesse sentido, a secretaria cuidava da inclusão na educação. O Brasil é um país diverso e é necessário que a gente tenha políticas com pertinências territoriais para as diferentes populações que temos.
A gente precisa reforçar as autonomias das universidades públicas, então posso colaborar com isso.
A primeira reunião da equipe acontece ainda essa semana. O que já tem sido conversado até agora?
Houve uma primeira reunião, ainda informalmente, mas não pude participar, porque foi marcada de última hora. Mas, a partir de agora, vamos ter mais reuniões.
O que ficou muito concreto até agora é a necessidade de atenção da educação pós-pandemia. A pandemia afastou muito o estudante da educação básica da escola, houve um aumento da evasão, em todos os níveis, e temos uma participação quase ausente do governo federal nessa questão. Essa preocupação do efeito da pandemia na educação é o que vai marcar o início do governo Lula, seguramente.
Qual você acredita que serão os principais desafios do Ministério da Educação nos próximos anos, considerando a atual situação da pasta?
A organização da educação brasileira estabelece um papel estratégico do Governo Federal na distribuição de recursos, articulação e assistência técnica aos estados e municípios, é o que diz a Constituição.
O governo federal se recusou pela primeira vez a fazer isso, a cumprir um papel constitucional e foi triste perceber isso, porque é quando mais precisávamos dele, na pandemia.
Pra mim o grande desafio é trazer as crianças de volta para a escola, eles precisam de acolhimento, e precisamos dar materialidade com um projeto pedagógico consistente, com alimentação escolar e ações pedagógicas.
E para a equipe de transição de educação?
Posso falar com detalhes a partir da próxima reunião, mas, com toda certeza vamos fazer um levantamento da situação atual, a partir do acesso aos números do governo atual. Precisamos recuperar o orçamento da educação, que foi reduzido por conta do orçamento secreto, para que possamos dar atenção a essas dimensões e do acolhimento dos estudantes.
Entre os 14 nomes da equipe de Educação, está o de Paulo Gabriel, formado engenheiro agrônomo pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), e doutor pela Universidade Federal de Viçosa.
Foi também professor da Universidade Estadual de Santa Cruz, onde atuou como Gerente de Pesquisa e Pós-Graduação, e da Ufba, chegando a diretor da Escola de Agronomia. Desde 2020, ele é presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia.
Embora a primeira reunião oficial da equipe ainda vá acontecer na próxima quarta-feira (16), Nacif adiantou ao CORREIO alguns dos pontos já levantados em um encontro extraoficial, e demandas que serão tratadas com urgência no novo Ministério da Educação do governo do presidente eleito Lula.
Como o senhor pretende contribuir para o governo de transição, considerando a experiência prévia como ex-reitor da UFRB e presidente do Conselho Estadual de Educação da Bahia?
Acho que a minha contribuição pode acontecer em três áreas. Fui o último secretário nacional da pasta de Alfabetização, Educação Continuada, Diversidade e Inclusão (Secadi), que foi uma secretaria que o atual presidente fez questão de comemorar no dia em que foi encerrada. Nesse sentido, a secretaria cuidava da inclusão na educação. O Brasil é um país diverso e é necessário que a gente tenha políticas com pertinências territoriais para as diferentes populações que temos.
A gente precisa reforçar as autonomias das universidades públicas, então posso colaborar com isso.
A primeira reunião da equipe acontece ainda essa semana. O que já tem sido conversado até agora?
Houve uma primeira reunião, ainda informalmente, mas não pude participar, porque foi marcada de última hora. Mas, a partir de agora, vamos ter mais reuniões.
O que ficou muito concreto até agora é a necessidade de atenção da educação pós-pandemia. A pandemia afastou muito o estudante da educação básica da escola, houve um aumento da evasão, em todos os níveis, e temos uma participação quase ausente do governo federal nessa questão. Essa preocupação do efeito da pandemia na educação é o que vai marcar o início do governo Lula, seguramente.
Qual você acredita que serão os principais desafios do Ministério da Educação nos próximos anos, considerando a atual situação da pasta?
A organização da educação brasileira estabelece um papel estratégico do Governo Federal na distribuição de recursos, articulação e assistência técnica aos estados e municípios, é o que diz a Constituição.
O governo federal se recusou pela primeira vez a fazer isso, a cumprir um papel constitucional e foi triste perceber isso, porque é quando mais precisávamos dele, na pandemia.
Pra mim o grande desafio é trazer as crianças de volta para a escola, eles precisam de acolhimento, e precisamos dar materialidade com um projeto pedagógico consistente, com alimentação escolar e ações pedagógicas.
E para a equipe de transição de educação?
Posso falar com detalhes a partir da próxima reunião, mas, com toda certeza vamos fazer um levantamento da situação atual, a partir do acesso aos números do governo atual. Precisamos recuperar o orçamento da educação, que foi reduzido por conta do orçamento secreto, para que possamos dar atenção a essas dimensões e do acolhimento dos estudantes.
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