Sindimed alerta para descaso na saúde pública e risco iminente de colapso no atendimento da UPA de Feira de Santana

A UPA 24h do Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), em Feira de Santana, enfrenta um cenário crítico que pode levar ao colapso dos atendimentos de urgência e emergência. Segundo denúncia do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), os profissionais da unidade estão há dois meses sem receber salários, enquanto enfrentam uma redução preocupante na equipe médica e alta sobrecarga de trabalho.

De acordo com o vice-presidente do Sindimed, Dr. Yuri Serafim, a nova empresa gestora reduziu o número de pediatras de dois para apenas um por plantão, sobrecarregando o único profissional disponível para atender a grande demanda de crianças. “O plantão agora consiste em três clínicos gerais, um pediatra, um cirurgião geral e um ortopedista. Antes, tínhamos dois pediatras, e essa redução impacta diretamente a qualidade do atendimento. Estamos lidando com vidas, especialmente de crianças, e não podemos aceitar esse descaso”, alertou Serafim ao repórter Denivaldo Costa.

Além da redução de pediatras, os médicos estão sem receber os salários dos meses de setembro e outubro, mesmo com a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab) confirmando o repasse dos valores para a antiga gestora, o Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS). A nova organização social assumiu a unidade recentemente, mas ainda não apresentou soluções para regularizar a situação.

Risco de paralisação e cobrança por soluções imediatas
O Sindimed convocou uma reunião com a Sesab e as empresas envolvidas, prevista para o próximo dia 28. Entre as pautas estão os salários atrasados, a redução do quadro médico e a garantia de continuidade do atendimento. “Estamos buscando soluções no diálogo, mas se não houver avanços, pode impactar o atendimento. Nossa prioridade é proteger os médicos e, principalmente, a população que depende desse serviço essencial”, destacou o vice-presidente do Sindimed.

A UPA 24h atende mais de 400 pacientes por dia e é uma das principais portas de entrada para casos de urgência em Feira de Santana. A redução de médicos e a falta de pagamentos colocam em risco a vida de milhares de pessoas.

Resposta da Sesab
Em nota, a Sesab afirmou na semana passada que os pagamentos aos fornecedores estão em dia e que notificou o INTS para resolver a pendência com os profissionais. A Secretaria também assegurou que a nova gestora está trabalhando para garantir a continuidade dos serviços, mas a situação segue sem solução concreta.


Informações da Central de Polícia

Nenhum comentário:

Postar um comentário