Risco de consumir carne de origem clandestina é tema de seminário promovido pelo MP/BA em Santo Antônio de Jesus

A cidade de Santo Antônio de Jesus recebeu nesta terça-feira (05/novembro), uma série de palestras sobre os riscos e problemas gerados pelo abate clandestino de animais. O evento, intitulado 2º Seminário sobre Abate Clandestino, foi organizado pelo Ministério Público estadual em parceria com a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), a Vigilância Sanitária e a empresa frigorífica Frigosaj. Membros do MP realizaram duas palestras na ocasião. O promotor de Justiça Julimar Barreto, que atua na cidade, explicou que a produção clandestina de carnes acarreta problemas em diversas áreas. “O abate clandestino afeta a saúde pública, já que a carne de má qualidade pode transmitir doenças diversas, e impacta os direitos do consumidor, já que está sendo oferecido um produto impróprio ao consumo. Além disso, há um impacto ambiental, pois a prática pode representar maus tratos ao animais e gerar contaminação do solo e dos corpos d’água próximos ao local”, disse. Já a promotora de Justiça Márcia Câncio, coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça do Consumidor (Ceacon), defendeu a necessidade de integração entre diferentes órgãos para combater este problema. “É necessária uma atuação conjunta entre os órgãos de Vigilância Sanitária, o Sistema Único de Saúde (SUS), as prefeituras municipais, as autoridades policiais, o MP e as empresas que atuam legalmente nesta área”, afirmou. A promotora ressaltou ainda que, devido ao caráter clandestino desses abatedouros, eles “não recolhem nenhum tipo de imposto e nem contribuem com benefícios para a sociedade”. O 2º Seminário sobre Abate Clandestino também contou com uma palestra do gerente territorial da Adab em Santo Antônio de Jesus, Luiz Geraldo Sampaio.

Estagiária de Jornalismo sob supervisão de George Brito (DRT-BA 2927)

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