GOV. MANGABEIRA: Danco Fumageira gera 1.200 empregos diretos no município

Em todos os 10 melhores charutos do mundo há o tabaco produzido na Bahia, colocando o estado em posição de destaque no mercado agroindustrial. As plantas produzidas no recôncavo baiano e, mais recentemente, em duas fazendas no oeste do estado, além de serem livres do Mofo Azul, são responsáveis pelo aroma e sabor dos charutos. O tabaco é a principal planta não alimentícia cultivada em todos os continentes, tendo o Brasil como segundo maior produtor e primeiro exportador do mundo.

A região do recôncavo tem vocação agrofumageira e, de acordo com a Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Pesca e Aquicultura (Seagri), em algumas localidades o cultivo do tabaco faz parte da renda de 97% das famílias. Cerca de 80% dos funcionários das fábricas são mulheres, responsáveis pela produção artesanal de charutos reconhecidos mundialmente.

Na fábrica Danco, que fica na cidade de Governador Mangabeira, a produção de tabaco vem de 157 famílias. A empresa emprega 1.200 funcionários em mais de 1.000 hectares. As primeiras sementes da planta chegaram da Indonésia depois da Segunda Guerra Mundial e se adaptaram ao solo e clima da região. Hoje, além de exportar toda sua produção para a Suíça, a fábrica já desenvolve um trabalho voltado para o ecoturismo, apresentando aos visitantes a cadeia produtiva dos charutos e cigarrilhas da marca.

Diante de um setor tão organizado como esse, precisamos avançar no processo de articulação para gerar oportunidade de negócios, exportar com qualidade, dando chance aos pequenos produtores de participarem ativamente desse ciclo”, destaca o diretor geral da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab), Oziel Oliveira, lembrando que as ações de defesa vegetal do tabaco começaram em 2009, quando o segmento estava em discussões com vistas à exportação do tabaco para a China.

Em 2010 a Bahia recebeu o status de Área Livre do Mofo Azul. No ano seguinte a região passou por uma auditoria do governo chinês para exportar o primeiro lote do produto. Em 2012 foi assinado o protocolo de intenções para as exportações.

Para manter a Bahia como Área Livre do Mofo Azul, a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) afirma que realiza procedimentos anuais de monitoramento da praga, principal entrave impeditivo das exportações. O primeiro passo é a escolha das propriedades para a observação de parâmetros como histórico da região, quantitativo de produtores e área cultivada, entre outros. Em seguida são aplicados inquéritos fitossanitários e realizado o georeferenciamento nas propriedades.

Os monitoramentos são feitos desde as sementeiras, passando por vários estágios de crescimento até áreas úmidas aleatórias da lavoura, de modo a inspecionar 2% das plantas. Todas as amostras coletadas são encaminharas para análise em laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura.

Ninguém faz defesa agropecuária sozinho. Nossa função é habilitar o produtor para que, seguindo de acordo com a legislação e exigências do mercado, ele possa crescer”, finalizou o diretor de Defesa Vegetal da Adab, Celso Duarte.

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