A Polícia Civil de Feira de Santana colheu o depoimento de Edimilson dos Santos Araújo, de 34 anos, suspeito de matar a cozinheira Talita Lobo, de 27 anos, no último sábado (13) apresentou uma versão aos agentes da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP. O homem, que trabalhava como chapa, confessou o crime e afirmou que a motivação foi ciúmes, alegando ter um relacionamento com a vítima. A família de Talita, no entanto, contesta a versão e afirma que ele agiu por motivo de roubo.
O suspeito, que foi preso pela Polícia Militar nesta segunda-feira (15), deu detalhes do crime ao delegado Gustavo Coutinho, que descartou a hipótese de latrocínio.
“Foi um crime passional, ele matou por ciúmes, matou por discussão. É um crime contra a mulher, então realmente é 100% de certeza agora que o crime é um feminicídio”, afirmou o delegado.
Versão do suspeito
Edimilson alegou à polícia que tinha um relacionamento de mais de dois anos com a cozinheira, com encontros esporádicos. Segundo ele, a discussão que culminou no crime começou após Talita descobrir que ele tinha outras namoradas e o pressionar para assumir o relacionamento.
O homem relatou que, durante a briga, a vítima o teria atacado com um objeto, e ele a atacou com um golpe de “mata-leão”. Após o assassinato, Edimilson chamou um carro de aplicativo e levou pertences de Talita, como uma televisão e um botijão de gás, que foram vendidos.
Família contesta motivação
A família de Talita contestou a versão do assassino. Em entrevista, uma prima que preferiu não se identificar disse que a cozinheira não tinha um relacionamento de longa data com o suspeito e que o encontro dos dois era recente.
“Ele é um mentiroso, ela não tinha relacionamento nenhum com ele de dois anos”, declarou a prima. “É impossível nenhuma saber [da família]. Ninguém o conhecia, porque era algo recente e que ele vinha tentando ganhar a confiança dela justamente para fazer o que ele fez: roubar e matar ela”.
A familiar de Talita descreveu a cozinheira como uma pessoa ingênua e de bom coração, que conheceu Edimilson pelas redes sociais. A prima detalhou que ele insistiu para ir à casa da vítima e, no dia do crime, foi até o local. “Foi a primeira vez que ele foi lá”, afirmou.
A prima da vítima acredita que o suspeito agiu de forma oportunista, e a motivação do crime foi o roubo dos pertences de Talita.
Uma sobrinha de 9 anos, que estava na cena do crime, está bem fisicamente, mas a família informou que ela precisará de acompanhamento psicológico por conta do trauma.
Informações da Central de Polícia
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