Delegada nega boatos de que médica tentou fugir de hospital: "Não existe isso"
A delegada Jussara Souza, da 7ª Delegacia (Rio
Vermelho), negou na noite desta quarta-feira (16/10) que a médica Kátia
Vargas Leal, suspeita de ter causado a morte de dois irmãos em um
acidente, tenha tentado fugir do Hospital Aliança hoje. "Não existe
isso. Não aconteceu", garante. A assessoria da Secretaria da Segurança
Pública (SSP) também disse desconhecer qualquer tentativa de fuga da
suspeita, que já teve a prisão preventiva decretada e está sob
custódia. Segundo Souza, o mandado de
prisão contra a médica não tem prazo para ser cumprido. Ela disse que
pretende ir ao hospital "a qualquer momento a partir de amanhã". Depois
disso, Kátia deve ser ouvida em depoimento - ela tem direito de não
responder às questões se quiser. Por fim, ela será encaminhada para a
penitenciária e deve responder às denúncias presa. A reportagem não
conseguiu contato com o advogado Vivaldo Amaral, que representa Kátia,
para saber quais os próximos passos planejados pela defesa. "Ela
tem que se submeter à Justiça. Nós do Ministério Público temos que dar
uma resposta imediata à sociedade". A fala é do promotor Davi Gallo, que
afirmou que Kátia já é considerada presa, por determinação da Justiça,
mas não pode ficar hospitalizada se não há necessidade. O advogado
Daniel Keller, que representa a família das vítimas, afirmou que já
esperava que o laudo pericial confirmasse que a médica tem condições de
sair do hospital. "Ela não possui nenhuma lesão, o laudo foi bem claro
nesse ponto. O perito do estado deixou claro que não é necessária a
hospitalização e que ela tem condição de ser levada ao cárcere",
explicou.
Samu e Aliança
Para o advogado, Kátia deveria ter sido socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no dia do acidente para um hospital público. "Aqui em Salvador, deveria ser o HGE, que possui cárcere", acrescenta. "O MP está apurando o motivo para isso não ter ocorrido" e se "houve algum tipo de proteção". Nivaldo Aquino, coordenador da área criminal do Ministério Público, afirmou que caso seja confirmado que a médica teve algum tipo de ajuda do Hospital Aliança ou do Samu para evitar a Justiça, as investigações irão continuar neste sentido. "Se tivermos elementos constatados efetivamente que o atendimento que ela tem é apenas protelatório, se houve uma violação da norma penal, vamos averiguar a partir destas informações e dentro dela ver se merece um tratamento penal", explica Aquino. Segundo Aquino, "emocionalmente ela está instável. Mas a instabilidade (emocional) não impede que ela seja presa". O inquérito do caso deve ser concluído até segunda-feira (21). O MP pretende denunciar Kátia Vargas Leal por homicídios triplamente qualificados.
(IBahia)
Para o advogado, Kátia deveria ter sido socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) no dia do acidente para um hospital público. "Aqui em Salvador, deveria ser o HGE, que possui cárcere", acrescenta. "O MP está apurando o motivo para isso não ter ocorrido" e se "houve algum tipo de proteção". Nivaldo Aquino, coordenador da área criminal do Ministério Público, afirmou que caso seja confirmado que a médica teve algum tipo de ajuda do Hospital Aliança ou do Samu para evitar a Justiça, as investigações irão continuar neste sentido. "Se tivermos elementos constatados efetivamente que o atendimento que ela tem é apenas protelatório, se houve uma violação da norma penal, vamos averiguar a partir destas informações e dentro dela ver se merece um tratamento penal", explica Aquino. Segundo Aquino, "emocionalmente ela está instável. Mas a instabilidade (emocional) não impede que ela seja presa". O inquérito do caso deve ser concluído até segunda-feira (21). O MP pretende denunciar Kátia Vargas Leal por homicídios triplamente qualificados.
(IBahia)
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