MARAGOGIPE: Estaleiro Enseada do Paraguaçu consegue licença definitiva

Silvio Ataliba, ligado ao PT e ex-prefeito de Maragogipe nos áureos tempos do estaleiro Enseada do Paraguaçu, diz que a retomada é positiva, a atividade principal, o embarque de minérios, mas muito longe do que era.

— É bom por que ver uma estrutura daquelas sem nenhuma utilização é lamentável, mas em termos de impacto, principalmente na geração de empregos. é muito pouco.

Diz Ataliba que a partir de 2004, quando começou a construir a plataforma PRA-1, o estaleiro abriu o ciclo que chegou ao ápice com 7.100 empregos diretos, mais uma vasta cadeia de serviços em toda a região.

São Roque — O espelho maior do desastre causado pelo fechamento do Enseada, da Odebrecht, em 2014, no rastro da Lava Jato, veio em duas vertentes.

Numa, o desemprego abriu espaço para um subproduto perverso, o tráfico de drogas. Em 2019 já se contabilizava por lá mais de 50 assassinatos de jovens.

Noutra, falência geral. O povoado de São Roque, onde fica o estaleiro, tem 20 hotéis e pousadas, 16 delas fechadas ou com as construções interrompidas. Lá, apesar dos pesares, a esperança renasce.

Vivemos esse tipo de situação enquanto a Petrobras está construindo balsas, que o Enseada fazia aqui, na Ásia. Dá para entender isso?
Enseada obteve licença definitiva para escoamento de minério em julho deste ano


A licença definitiva para operar como porto no escoamento de minério de ferro foi obtida por parte do complexo naval, industrial e logístico do Estaleiro Enseada. A concessão permite a operação como porto no escoamento de minério de ferro, ampliando os negócios para além do setor naval e industrial.

Emitido pela Antaq, o documento tem validade de 25 anos e prevê que o Enseada armazene e movimente granéis minerais (minério de ferro), cargas gerais e equipamentos de grandes dimensões, a exemplo de torres e pás eólicas, além de ampliar a área do terminal portuário para 740 mil metros quadrados, transformando o ENSEADA em um dos maiores portos em operação do Nordeste.

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