A Bahia possui pontes em condições estruturais críticas, destacando-se a ponte sobre o Rio Jequitinhonha, no km 661 da BR-101, em Itapebi, que recebeu nota 1 em uma escala de 1 a 5, conforme avaliação apresentada no Congresso Brasileiro do Concreto em outubro de 2024. Para comparação, a ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desabou em dezembro de 2024 entre Tocantins e Maranhão, causando 14 mortes e deixando três desaparecidos, havia sido classificada com nota 2.
Além da ponte de Itapebi, outras quatro estruturas na Bahia foram identificadas pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) como críticas. São elas:
- O viaduto sobre a Rede Ferroviária Federal (RFFSA) no km 217 da BR-101, em Governador Mangabeira;
- A ponte sobre o Rio Catolé no km 449 da BR-101, na divisa com o Espírito Santo;
- A ponte da Vila no km 20 da BR-367, em - Santa Cruz de Cabrália;
- A ponte sobre um rio sem nome no km 8 da BR-498, na divisa com Minas Gerais.
Devido às condições da ponte sobre o Rio Jequitinhonha, o tráfego está restrito a veículos de até 25 toneladas, operando em sistema de "pare e siga", causando congestionamentos frequentes. Veículos mais pesados devem utilizar um desvio de mais de 70 km, que pode levar até três horas devido ao tráfego intenso.
O Dnit recomendou o uso da BA-275 como alternativa, estrada construída pela Veracel Celulose, mas motoristas relatam atrasos significativos, já que a via é estreita e, em grande parte, de terra, tornando-se problemática em dias de chuva.
As obras de restauração da ponte estão previstas para continuar até o final deste ano, com custos estimados em "algumas dezenas de milhões". As restrições de tráfego foram implementadas após a cheia do Rio Jequitinhonha em janeiro, quando a vazão aumentou de 600 m³/s para 2.000 m³/s, exacerbando os danos em uma estrutura já comprometida.
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